Estamos vivendo uma Nova Revolução. Após as transformações trazidas pela primeira Revolução Industrial, hoje presenciamos mudanças ainda mais rápidas e profundas impulsionadas pela Inteligência Artificial (IA). Este novo momento histórico traz desafios éticos, sociais e econômicos significativos, exigindo uma reflexão profunda sobre nossa direção como sociedade.
O posicionamento do Papa Leão XIV
Recentemente, o Papa Leão XIV destacou, em suas primeiras palavras após a eleição, a importância de abordar essa nova realidade com coragem e clareza. Ele enfatizou a relevância de utilizar a doutrina social da Igreja para enfrentar as novas questões sociais decorrentes dos avanços tecnológicos:
“Leão XIII, com a histórica encíclica Rerum Novarum, enfrentou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial. E hoje a Igreja oferece a todos seu patrimônio de doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho.”
A Inteligência Artificial e os desafios humanos
Este posicionamento evidencia que a IA não é apenas uma questão técnica ou econômica, mas também profundamente humana. As ferramentas de IA têm potencial para transformar radicalmente o mercado de trabalho, influenciar decisões éticas e alterar relações interpessoais e sociais. A questão central, portanto, é como podemos garantir que estas tecnologias sirvam à humanidade, respeitando princípios fundamentais como dignidade, justiça e solidariedade.
Neste contexto, empresas, governos e indivíduos são chamados a um diálogo inclusivo e transparente, buscando caminhos para integrar inovação e responsabilidade social. É necessário que as decisões envolvendo o desenvolvimento e aplicação da IA sejam feitas com uma clara consciência de seus impactos na sociedade.
Estamos diante de uma oportunidade histórica de moldar um futuro mais justo e humano através da tecnologia. A Nova Revolução já está em curso, e cabe a nós, como sociedade, garantir que os benefícios dessa transformação sejam amplamente compartilhados e usados para o bem comum.
